Esteatose hepática, a conhecida “gordura no fígado”, é definida como acúmulo de gordura em mais de 5% das células hepáticas em um paciente que não possua outra causa provável (por exemplo – álcool).

A frequência de diagnósticos de esteatose tem aumentado muito nas últimas décadas, estando relacionada principalmente com os erros alimentares e ganho de peso da população (especialmente ganho de gordura abdominal).

Na maior parte dos pacientes o diagnóstico é feito por meio de ultrassom de abdome realizado por outros motivos, sendo uma doença geralmente silenciosa.

O grande problema da gordura no fígado é a chance de evoluir com quadros inflamatórios (esteatohepatite), cirrose e, até mesmo, câncer de fígado.

Tratamento: A base do tratamento da gordura no fígado é a perda de peso (com dieta e atividade física).

Estima-se que uma perda de 5% do peso já proporcionaria uma melhora do grau de esteatose. E uma perda de mais de 10% geraria uma melhora da inflamação do fígado.

Apesar de alguns medicamentos serem utilizados como auxiliares no tratamento, até o momento não existe nenhum que seja específico para a doença, portanto, o pilar do tratamento continua sendo a velha e boa mudança de estilo de vida.

Na dúvida, procure sempre seu médico.

Camila Sartor Spivakoski

Endocrinologista e Metabologista

CRM 21320/ RQE 17182