Muitas vezes saímos do consultório médico, após investigações de problemas da tireoide, com o diagnóstico de tireoidite de Hashimoto. Mas o que significa isso? Qual a implicação clínica?
A tireoide é uma glândula localizada na região anterior do nosso pescoço e que é responsável pela produção dos hormônios T3 e T4 que vão controlar o metabolismo do corpo.
Quando a tireoide perde a capacidade de produzir os hormônios de maneira adequada para garantir um funcionamento do organismo, chamamos isso de Hipotireoidismo.
Na tireoidite de Hashimoto, causa mais comum de Hipotireoidismo em nosso país, existe uma destruição progressiva da glândula pela presença de anticorpos circulantes no organismo, ou seja, é uma doença autoimune (o paciente nesse caso tem com diagnóstico de hipotireoidismo por tireoidite de Hashimoto).
Sua incidência é cerca de 10 a 15 vezes mais frequente em mulheres.
E quais são os sintomas associados à doença?
Ela pode ser suspeitada quando o paciente apresenta alguns dos seguintes sinais e sintomas:
– Fraqueza, sonolência, pele ressecada, intolerância ao frio, constipação intestinal, queda de cabelos, irregularidade menstrual, déficit de memória, ganho de peso, dentre outros.
O diagnóstico de hipotireoidismo é realizado através de exames laboratoriais, em que o TSH (hormônio que tenta estimular a tireoide a produzir os hormônios tireoidianos) estará elevado, associado ao T4 livre (hormônio tireoidiano circulante no organismo) baixo.
Para confirmação do diagnóstico da Tireoidite de Hashimoto dosam-se os autoanticorpos tireoidianos – Anti-TPO e Anti-tireoglobulina.
O tratamento é a reposição hormonal em doses adequadas e individualizadas para cada paciente, sendo o fármaco de escolha a levotiroxina.
Porém, é importante ressaltar que muitos pacientes com os autoanticorpos circulantes não possuem alteração hormonal e, nesse caso, não se inicia tratamento específico, apenas acompanha-se periodicamente com o médico Endocrinologista pelo risco de possível evolução para Hipotireoidismo.